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<b>Livro de professora da Unemat é selecionado pelo Fome de Livro</b>
Livro “Cultura e Dança em Mato Grosso”, da editora Central de Texto, agora em co-edição com a Editor
<b>Livro de professora da Unemat é selecionado pelo Fome de Livro</b>
08/02/2006 12:51:09
por Coordenadoria de Comunicação Social
Professora Beleni e o artista plástico Claudyo Casares
Professora Beleni e o artista plástico Claudyo Casares

A Editora Central de Texto acaba de lançar a reedição do livro “Cultura e Dança em Mato Grosso”, para atender a demanda do Programa Fome de Livro, do Ministério da Cultura. A obra, organizada pela professora da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) Beleni Saléte Grando e ilustrada pelo artista plástico Claudyo Casares, já está disponível em 135 bibliotecas brasileiras e mais 400 estarão recebendo a obra no mês de fevereiro. A meta do Governo Federal é atender mais 1.465 instituições pelo programa. A primeira edição do livro foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Mato Grosso.

Participaram da concorrência 23 mil livros produzidos por 323 editoras brasileiras. Entre elas, nove dos maiores grupos editoriais do pais, que tiveram mais de 50% das obras selecionadas. O processo de seleção durou cinco meses e envolveu 55 especialistas. A lista das obras selecionadas pelo programa atende a proporção de 40% de livros infanto-juvenis, 30% de obras de ficção e 30% de obras de não-ficção.

Única editora mato-grossense selecionada para fornecer livros ao Programa Fome de Livro, a Central de Texto integra o consórcio Carrión & Carracedo Editores Associados, que há 12 anos atua na publicação de conteúdos de interesse do Estado de Mato Grosso.

Sabedoria popular

O livro, inserido na categoria “Folclore” do programa federal, é resultado de um amplo trabalho de pesquisa dos alunos de Educação Física da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), em Cáceres. A proposta da orientadora, professora Beleni Salete Grando, era estudar as danças tradicionais do Estado na perspectiva de valorização tanto dos conhecimentos científicos quanto da vivência de cada um dos alunos nos seus municípios e dentro de suas respectivas comunidades.

“Não é um estudo folclórico, não quer mostrar algo estagnado, mas sim como as pessoas produzem e reproduzem a vida”, explica a organizadora. Em 88 páginas, numa linguagem simples, a obra propicia ao leitor o conhecimento da realidade social em que as danças tradicionais se manifestam como cultura aprendida, ensinada e produzida por homens e mulheres que moram na região de Cáceres. Os estudos iniciais abrangem, além da cidade pólo, os municípios de Lambari d´Oeste, Glória d´Oeste, Porto Esperidião, Rio Branco, Araputanga e Jauru.

As danças tradicionais – Cururu, Siriri, São Gonçalo, Rasqueado, Folia de Reis, Cabocla e Catira são apresentadas no contexto sócio-histórico dos municípios em que são comumente encontradas. A obra traz inclusive uma abordagem inédita do Curussé, manifestação cultural característica das comunidades de chiquitanos, em Porto Esperidião.

“Cultura e Dança em Mato Grosso” comprova que o ensino da Dança nas escolas ou outros espaços educativos é importante para a formação de todas as pessoas. “A dança como manifestação da cultura expressa uma identidade política, formas de pensar, a partir das alegrias e emoções”, avalia a professora Beleni Grando.

Organização e ilustração

Beleni Saléte Grando é natural de Santa Catarina, mas vive em Mato Grosso desde menina. As festas de São João e de São Gonçalo vivenciadas no Porto e Coxipó-da-Ponte foram preponderantes para a sua integração à cultura mato-grossense. Professora de Educação Física e doutora em Educação, Beleni coordena atualmente o Núcleo de Estudos sobre o Corpo, Educação e Cultura (Coeduc) na Unemat. Estuda as relações interculturais nas práticas corporais. “Na perspectiva de reconhecer a diferença como um valor em si, porque é com o outro que eu aprendo a ser melhor”.

Claudyo Casares ilustra as manifestações culturais tratadas no livro. Natural de Tietê, interior de São Paulo, começou a pintar em 1998 e teve seu trabalho devidamente reconhecido em 2000, durante o evento Casa Cor. A residência em Portugal rendeu-lhe exposições em Barcelona, Madri, Paris e por 12 cidades da Galicia. No ano de 2005, foi premiado pelo Museu Javier de la Rosa, com a obra Ilhas Canárias.

Fonte: Central de Texto

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